terça-feira, 23 de agosto de 2005

invadindo



Quando comecei a pensar nesse texto, pensei logo que eu poderia estar
vivendo isso, então, como sempre coloco o nome de todo mundo (e
atendendo também a um amigo do orkut) vou dar o meu nome ao
personagem...





O sono deixava Cristiano atordoado, então, depois de comer um pão de
mel, decidiu apagar um pouco a luz e permanecer ali, os olhos nem
fechados, nem abertos, apenas pedidos virados ao teto e pensando em
como seu dia foi desgastante.



Dormir estava a cada dia se tornando uma tarefa dificil, pois tudo
remetia a ação, atitude, sempre algo deveria ser feito, e foi assim que
foi a primeira vez se submeter a consulta médica, queria apenas dormir,
mais nada...



Comprimidos, bulas, cartuchos, ampolas, frascos, cápsulas, drágeas,
doses multiplas, doses unitárias, aquele bando de remédios que o médico
passou, e ele queria apenas dormir.



Via a cor de seus olhos de castanhos e branco para vinho e como se
fosse jogada toda a areia da praia, neles, porém o sono não vinha...



Os dias se passaram, apenas alguns minutos da dormida, mas o sono permanecia.



O emprego, Cristiano esqueceu que existia. Um amor, abandonou. Familia, sobreviveria sem sua presença. Ele deseja apenar dormir.



Até que em uma noite, decidiu então buscar outros iguais, sento-se em
frente ao computador, acessando a rede, percebeu que existiam outros
iguais... escova de dentes, sabonete, perfume, algo para mudar o
formato usual do cabelo e pé na rua. Cristiano localiza, próximo a
algum lugar, jaqueta de couro, pele pálida, pronto! A pessoa que havia
encontrado pelo computador! Papo-furado, falar de intimidades que nem o
melhor amigo sabe, e dançar, dançar, ou algo, apenas ficar se
movimentando, não importa. A noite passou, aquele demônio terrível
passou, e Cristiano não dormiu, mas também seus olhos não estava cor de
vinho, não estava angustiado, voltou bem para casa, chegando lá,
senta-se ao computador, para ver se encontra outras pessoas, apoia-se
sobre o teclado e dorme...





- Cristiano Ricardo




4 comentários:

  1. tudo é risco, não? Se tivesse sido o contrário, você nem se lembraria da falta de sono e também não voltaria pra dormir no teclado... risos.
    haverá um amanhã... talvez.

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  2. hehehe, exatamente, é jogar as cartas da manga na mesa e dizer, ou vai, ou vai!

    rssss

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  3. hehehe

    isso é verdade

    e apenas no outro dia se levanta, sem saber o que aconteceu... e não continuou?

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