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Agora, sim, há coisas que consigo perceber melhor...

Diferente de um lado, e complexo do outro, como se fosse um mundo girando e outros tentando correr para o lado contrario, achando que assim poderiam impedir de girar.

Ontem tive um papo sério, comigo.

Me refiz, revi o que tinha feito até então, percebi que não apenas eu, mas existem poucos assim, semelhantes, que pensam de forma parecida com a minha, que conseguem sair do real, virtual, imaginário, doentio, diferente, esquerdo, avesso, confeito de bolo e assim, como o sabores de algodão doce, pipoca daquelas do saquinho vermelho ou mesmo daquelas balas que grudam no céu da boca e nos dentes, percebi que o problema não é apenas meu, não sou eu, e sim, a diferença.

Contei comigo mesmo, na forma com que eu preciso mostrar como penso a você, e isso que estou fazendo, na minha vida, é contar que posso mostrar um lado novo, da mesma moeda, com a minha visão do meu céu azul, para que os teus matos possam descarregar os perfumes de ervas, de forma tranquila, e calma.

E por isso, percebo que muito caio no imaginário, para não ser tão agrassivo, para não ser tão ácido, e sim, para ser apenas eu.


Imagem: C.A.D.U.
Texto: Cristiano Ricardo

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