história - 3

Ah, minha tia, a portadora do livro da família, eu a considero como uma torre, não apenas por ter o nome de torre, mas por estar sempre observando e sabendo como estão todos em sua volta.

É mais fácil saber de um parente que mora do outro lado da rua com ela, que mora a muitos kilometros de distância que até mesmo com residentes da mesma casa do parente...

Mas por ser assim, sempre atrai olhos revestidos de maldade... e prontamente os deuses pequenos sempre desejando se apoderar de nosso livro vão atormentar a cabeça da minha pobre tia. Nesses ataques uma vez a pobre ficou louca durante quase dois dias, pois se portava como se estivesse convivendo com os pais e avós (mesmo mortos passados mais de quinze anos).

Mesmo assim, ela se lembra do livro, e com isso, consegue se recuperar...


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imagem: Bancos de Pedra by Danilo Vitoriano em Bancos de Pedra

- Cristiano Ricardo